Jonathan Edwards (1703-1758) tem sido sempre associado ao tema de avivamento, tanto por ter vivenciado um dos maiores avivamentos da história, o Primeiro Grande Despertamento (1740-1742), como por ter escrito sobre tais acontecimentos analisando-os em várias obras. Por isso, muitos o tem considerado o teólogo do avivamento, por excelência. Em face da constante discussão acerca da obra do Espírito Santo na igreja e das repetidas alegações de experiência de avivamentos no Brasil e no mundo, o Centro Jonathan Edwards visa estudar a obra de Jonathan Edwards como bom exercício de teologia histórica. Tal estudo fornece não só uma leitura mais precisa do que aconteceu no século 18 (evitando fábulas e lendas sobre as experiências de avivamento), mas preciosas lições para a vida da igreja atual. Relacionado a tal estudo está o entendimento de Edwards sobre o crescimento da igreja e as missões. Para Edwards, os avivamentos estavam intimamente ligados com o avanço da igreja de Deus na história.
Jonathan Edwards (1703-1758), mais do que um pregador, se enxergava como prioritariamente um escritor. Era por sua pena que ele se julgava mais útil à igreja de Cristo. Em consonância com sua leitura de si mesmo, algumas de suas obras mais teológicas se tornaram clássicos da teologia norte-americana: Religious Affections (1746, Afeições Religiosas), Freedom of the Will (1754, Liberdade da Vontade) e Original Sin (1758, Pecado Original). O que essas obras tem em comum é a investigação de temas antropológicos (a constituição humana, as faculdades da alma, o livre-arbítrio, o pecado original) no contexto do crescente arminianismo e tendências deístas do século 18. Edwards procurou ser um defensor da tradição calvinista, mas sem temer o diálogo (com críticas e apropriações) de filósofos e teólogos de sua época. Posteriormente, o cenário teológico norte-americano experimentou mudanças significativas na área de antropologia teológica. O Centro Jonathan Edwards visa explorar um pouco o debate acadêmico em torno da participação de Edwards nessa trajetória de mudança teológica.