Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul


A tradição reformada chegou ao Canadá no século 18, principalmente através de imigrantes escoceses e irlandeses. O primeiro presbitério foi criado em 1795 e o primeiro sínodo em 1817. Os presbiterianos representavam todas as divisões que existiam na Escócia, mas em 1875 quatro grupos se uniram para formar a Igreja Presbiteriana do Canadá. Em 1925, essa denominação uniu-se aos congregacionais e aos metodistas, surgindo a Igreja Unida do Canadá. A minoria presbiteriana continuou a existir com o antigo nome, tendo igrejas nas regiões mais populosas do país. Em 1990 a Igreja Unida contava com 3.093.000 membros e os presbiterianos com 237.000. Outro grupo significativo era a Igreja Cristã Reformada da América do Norte, de origem holandesa, com 82.000 membros.

 

Na Austrália, cuja colonização começou no final do século 18, o grande influxo de imigrantes escoceses e o apoio das igrejas presbiterianas da Escócia contribuíram para o surgimento de uma forte igreja. Como ocorreu no Canadá, inicialmente surgiram grupos separados nas diferentes colônias. Houve duas etapas de unificação: a formação da Federação de Igrejas Australianas (1885) e a criação da Igreja Presbiteriana da Austrália (1901), um ano após a união das seis colônias em uma federação nacional. No censo de 1961, 9.3% dos habitantes declararam-se presbiterianos (976.000). Em 1977, metodistas presbiterianos e congregacionais se uniram na Igreja Unida da Austrália, porém a Igreja Presbiteriana continuou a existir separadamente. Em 1990, essas igrejas tinham respectivamente 1.386.000 e 70.000 membros.

 

Na vizinha Nova Zelândia (Aotearoa), a Igreja Presbiteriana foi formada principalmente pela imigração escocesa, que teve início em 1839. A Igreja Livre da Escócia esteve presente desde o início da colonização e o seu crescimento deveu muito aos esforços de Thomas Burns, que iniciou o seu trabalho missionário em 1848. O presbiterianismo das Ilhas Meridional e Setentrional da Nova Zelândia se uniu em 1901. Em 1945 foi criado um sínodo especial para os nativos maoris. Em 1990 havia 541.000 presbiterianos no país.

 

A história do movimento reformado na África do Sul é complexa e controvertida. A colonização holandesa teve início em 1652 e o primeiro obreiro regular chegou em 1665. Alguns anos depois, houve a chegada de muitos refugiados franceses (huguenotes). A Igreja Reformada Holandesa original (NGK) dividiu-se no final da década de 1850, surgindo outra Igreja Reformada Holandesa (NHK) e as Igrejas Reformadas da África do Sul (GKSA). Essas denominações criaram igrejas racialmente separadas para os seus convertidos não-brancos (apartheid). Em 1994, outros dois grupos se associaram para formar a Igreja Reformada Unida da África do Sul (URCSA). No século 20, surgiram denominações distintas para africanos (Igreja Reformada Holandesa da África) e indianos (Igreja Reformada da África). Em 1990, os diferentes grupos reformados totalizavam 2.790.000 membros.

 

A ocupação britânica a partir de 1806 abriu as portas para os colonos escoceses e em 1829 foi fundada a primeira igreja presbiteriana. Atualmente existe um grupo majoritariamente branco – a Igreja Presbiteriana da África do Sul (90.000 membros) e três grupos compostos de negros – a Igreja Presbiteriana da África (927.000), a Igreja Presbiteriana Reformada da África do Sul (52.000) e a Igreja Presbiteriana Evangélica da África do Sul (30.000), as duas últimas constituídas respectivamente das etnias bantu e tsonga.